O Governo angolano iniciou a 25 de Setembro uma campanha para repor o que chama de legalidade na exploração e comercialização dos diamantes, como uma das principais fontes de receitas do país.
A “Operação Transparência”, segundo o Executivo, pretende normalizar e controlar a circulação de pessoas e bens nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Malange, Uige, Bié, Cuanza Sul e Cuando Cubango.
Entretanto, no local, a VOA soube de cidadãos estrangeiros, em particular da República Democrática do Congo (RDC), que estão a ser repatriados à força, mas em conferência de imprensa o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar reconheceu apenas pequenos percalços e desmentiu denúncias de maus-tratos.
Há denúncias de que cidadãos com bilhetes de identidade angolano, com cartão de eleitores e de militantes do partido MPLA também foram repatriados de forma forçada.
Em duas aldeias no município do Lucapa, residentes afirmam que cidadãos angolanos foram levados para a fronteira e repatriados para a RDC.
Moradores das aldeias de Mulemba Wa Ngola e Santa Isabel, no município do Lucapa, na província da Lunda Norte, queixam-se de terem sido afectados pela “Operação Transparência”, mesmo sendo angolanos.